Tudo o que temos à frente é o vazio,
cada um de nós.
E como nenhuma certeza nos alimenta,
somos apenas seres que podem,
mas não são.
Nada nos preenche ao nascer.
Nada nos assegura, nada.
Nos apossamos do que não é nosso genuinamente,
a cada manhã e a cada noite,
na ilusão de saber, ter, conhecer, julgar, proteger;
na tentativa de agradar, simular, trair e conceber.
Só nos enchemos a nós mesmos
de ar a cada instante,
por que oco é o escuro de nossas almas.
Só podemos contar com o suor salgado que brota de nossas escolhas,
única coisa que vamos recolhendo
ao longo da vida,
de forma a ocupar esse espaço que vive à espera.
Diante daquilo que posso,
arrisco,
me jogo,
lanço a mim mesmo nesse mar de possibilidades.
Como um menino que,
de braços erguidos,
de olho na corda que é batida em círculos,
entrega o corpo ao ritmo enquanto aguarda,
supõe o momento e espaço certos, e
ao final vai.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
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Olha caro e querido amigo de infancia, lindo adorei !! Parabéns !!! Se um dia resolver publicar em livros estas lindas palavras quero um atografado pelo querido , inteligente e sensível amigo de infância
ResponderExcluirÉ incrível como comove. Muito bonita e sutil.
ResponderExcluirSaudades.
tsc tsc tsc
ResponderExcluirfaz 5 meses que vc não posta nada de novo...
Cadê voce meu amigo !!Vou deixar meu e-mail ..já deixei meu fone com sua esposa ..assim que der manda noticias !!
ResponderExcluirrmcpossani@uol.com.br
Este comentário foi removido pelo autor.
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